Nada é atoa. Nada é ao acaso. E quando um comportamento tratado como pontual se repete diversas vezes, ele passa a ser tratado como crônico.

Abandonar o ambiente quando não são as pessoas do seu círculo de amizade pode ser pontual, mas quando se repete diversas vezes, passa a ser crônico – e um problema para qualquer relacionamento.

Tratar as pessoas da sua família com indiferença, sem criar afinidade, pode ser pontual por um mal momento pessoal, mas quando isso se repete por 5 anos, é crônico.

São inúmeros os casos crônicos que conviveram no casamento por anos sendo ignorados pelo simples comodismo, mas eles nunca deixaram de ser falados, só não tinham o peso que deveriam ter. Não dá mais para ignorar as varias vezes em que o assunto foi tocado também.

Em algum momento nessa semana, respondi a uma afirmação/pergunta que a Ale fez a si mesma em tom irônico e cômico: “casamento…ainda não sei o que é para fazer.”

A resposta é: dividir, participar, colaborar, construir e principalmente amar. Amar a família, amar as conquistas, amar a vida e lutar juntos para que ela seja boa e leve, mesmo diante dos desafios que certamente virão.

Eu não aceito menos do que isso. Eu não sustentarei menos do que isso. 

Relacionamento vai além de carinho, beijos e sexo. Tem a ver com dividir. Com fundir dois mundos inteiros para criar um terceiro mundo que é, na verdade, uma intercessão. 

Não existe um relacionamento só com uma família, não existe relacionamento só com um grupo de amigos, não existe relacionamento sem participar.

O fim de uma relação se dá quando se deixa de dividir, de participar, de se interessar, de ser carinhoso, de confiar, de conversar… 

Não faz sentido regar uma jardineira em que as flores secaram por falta de rega. Enfim, a muito custo, o fim.

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