No último fim de semana, cumpri um compromisso que assumi com minha mãe no ano anterior: conduzi-la a um hotel onde ela pudesse desfrutar da companhia da família e experienciar a vida em sua plenitude. Este também foi um momento de fortalecer ainda mais os laços com meus irmãos, celebrando a fase da vida em que nos encontramos.
Levei algum tempo para organizar tudo, visto que minha rotina estava bastante tumultuada. Entretanto, decidi priorizar minha mãe e concretizar o plano. Afinal, a ocasião era destinada a ela, não a mim.
A promessa foi cumprida em um Hotel Fazenda Resort 2.0 Plus, a Estancia Atiabinha Resort, um lugar ao qual tive o privilégio de visitar anteriormente e estava ansioso para retornar. Com uma vasta oferta de comida, atividades de lazer eficientes e um exuberante espaço verde, era o local ideal.
Partimos na sexta-feira. Minha irmã e eu viajamos de moto, enquanto minha mãe, Alessandra, meu irmão e minha cunhada seguiram mais tarde de carro. A estrada com minha irmã, cada um em sua moto, conversando pelo intercomunicador e apreciando boa música, foi memorável. A noite estrelada e a estrada quase deserta intensificaram a sensação de liberdade e contentamento por estar compartilhando aquele momento com minha irmã.
Ao chegarmos no hotel, adiantamos o jantar enquanto o restante do grupo não chegava. Brincamos e rimos sobre nossas peculiaridades individuais: a sisudez de minha irmã e minha inesgotável jovialidade. Após o jantar, a grande estrela da noite e do fim de semana fez sua entrada. Com seu gorro estilo Bob Marley, minha mãe foi o alvo das nossas brincadeiras, nossa maneira afetuosa de demonstrar nosso amor.
Ver o encantamento em seus olhos a cada nova experiência, cada passeio e momento compartilhado, preencheu meu coração de alegria. Cada instante valeu a pena, mesmo com o tumulto no café da manhã do sábado causado por um grupo de visitantes.
Houve outros detalhes, como a tristeza de meu pai por não ter nos acompanhado, o que também me entristeceu. Por isso, fiz questão de trazê-lo para ao menos jantar conosco… E valeu a pena.
Após o jantar, aconteceu um evento com os hóspedes: um karaokê. Inscrevi-me e também inscrevi minha mãe, não porque desejava cantar, mas para expressar minha felicidade por tê-la ao meu lado, para enaltecer sua força e nossa admiração por ela. Ninguém sabia, somente eu e meu coração. Fomos chamados, e, emocionado, consegui transmitir minha mensagem. Os aplausos para minha mãe vieram de forma espontânea, e ela, emocionada, agradeceu e presenteou a todos com uma bela canção de Rita Lee, culminando com uma dança que conquistou novos aplausos.
Após esse momento, percebemos uma mudança na forma como as pessoas nos olhavam, um olhar
positivo e afetuoso. Um casal se aproximou para parabenizar minha mãe, deixando-a bastante emocionada.
O ápice desse episódio ocorreu no domingo. Eu estava sentado com minha mãe, apreciando um clericot, quando um homem, Rogério, e sua esposa se aproximaram, perguntando se podiam se juntar a nós para conversar. Rogério havia recentemente sido diagnosticado com câncer – no pâncreas e no fígado – e, compreensivelmente, estava assustado. Nesse momento, ficou claro o impacto que nossas ações podem ter na vida de outras pessoas e o quão valioso é compartilhar nossas vitórias.
Conversamos por cerca de 30 minutos. Minha mãe compartilhou suas dificuldades e pequenas vitórias. Fiz questão de fornecer o contato dos profissionais que nos auxiliaram e continuam auxiliando nessa fase desafiadora. Rogério expressou sua gratidão com um abraço em minha mãe, que retribuiu com seu carinho característico. Isso fez o dia dela.
Posso ter me estendido em detalhes, mas cada minuto ao lado dela foi precioso. Apesar de várias preocupações pairando em minha mente, vivenciar essa experiência com ela foi uma fuga perfeita num fim de semana perfeito. Desejo vida longa à minha mãe e a todos os seus sonhos.