As coisas ocasionalmente fogem do nosso controle pq a assumimos as rédeas de forma frouxa.
Ontem cometi um erro que me custou caro, foi na verdade o limite de uma situação que ninguém aguenta mais e precisa ser resolvida para que a vida possa seguir. Esse erro vem de uma sucessão de outros erros, todos com origem no mesmo problema, e o problema é comigo. Houveram acertos, mas o peso dos erros é maior.
Não me lembro de me arrepender muito na minha vida, e dessa vez eu me arrependi. Me arrependi pq percebi que ela não quer me ter mais próximo, por auto preservação ou pq acredita que pode me prejudicar. Se for por auto preservação, eu respeito e desapareço, mas medo de me prejudicar é uma leitura errada: ela nunca me prejudicou, estar próximo dela é uma escolha minha. Se ela corresponde de alguma forma, não é problema dela, mas meu. Eu sou a origem disso.
De qualquer forma, no tom, na sutileza e elegância que sempre foram marcantes, percebi que ela quer se distanciar, e eu vou respeitar com o coração rasgado. Mesmo assim, o amor que sinto por ela não quer posse, quer ela bem, feliz e tranquila. Se for para isso, eu amo o suficiente para respeitar e deixar ela em paz.
Definitivamente não é o que eu quero, mas se ela quiser, eu vou fazer.
Dito isso, o movimento dolorido de ontem, a sutileza dela simplesmente deixar de me seguir, serviu de algumas coisas. Primeiro para tirar da frente qualquer argumento imbecil que va criar ruído em uma discussão muito maior. Isso era uma muleta que a Alessandra usava, e foi removida. O segundo é que eu senti. Senti forte como se tivesse perdido alguém, talvez pq tenha perdido mesmo, e isso teve um efeito fulminante dentro de mim.
Essa tristeza e essa amargura não vão ser em vão. Vou resolver essa situação descabida com a Alessandra nesse final de semana, não só pelo que aconteceu, mas pq preciso disso para voltar a ser feliz. Todo o resto e as consequências desse momento, vou resolver na fé e no amor. Duas coisas q me guiam e vão me ajudar a consertar tudo, pedaço por pedaço.