Em tempos outrora cinzentos e frios,
Na penumbra de um coração adormecido,
Eis que surge alguém, um ser desconhecido,
Trazendo consigo o calor dos bons dias.

Eram olhos profundos, como a imensidão do mar,
Um sorriso terno e doce, feito mel, para amar,
Uma voz suave, melodiosa, como a cantiga da estrela,
Aquele alguém, enfim, veio para me acalentar.

Aos poucos, caminhando lado a lado,
Entre risos e lágrimas, medos e desejos,
Ser de luz mostrou-me o verdadeiro ensejo,
De um amor puro, pleno, renascido e sagrado.

No peito, antes frio, agora pulsa o rubro ardor,
A chama do amor ressurge, dançante e viva,
Aquele ser, tão único e cativante, despertava a alegria,
De amar novamente, sem dor e rancor.

Em cada amanhecer, um novo recomeço,
Um encontro de almas, duas metades que são inteiras em comunhão,
No abraço terno e sincero, na cumplicidade da paixão,
Reencontrei a fé no amor, com doçura e destreza.

Porque aquele alguém, com seu brilho e encanto,
Fez-me acreditar no amor, mesmo em meio à tempestade para meu espanto,
Curou feridas, restaurou a confiança e a verdade,
Ser amado, és a luz que me guia e me leva para a eternidade,

Mesmo que esse alguém tenha me machucado sem saber,
Sigo amando por querer, por saber e não ceder,
Pois no futuro nos vejo felizes e unidos,
Mesmo eu estando com o meu coração partido

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