Não foi por falta de vontade nem criatividade que eu sumi. Foi por dengue mesmo.
É muito brega pegar doença de mosquito, problema de terceiro mundo e país tropical. Apesar disso, aprendi a respeitar muito mais essa doença que a gente subestima no geral. Foram 7 longos dias de recuperação com muita dor no corpo e febre, e ainda estou longe de estar 100%. Meu corpo ainda está dolorido, minha mente parece fadigada e minha disposição está no chão. É um preço pequeno a pagar perto do risco de uma hemorragia ou uma perda absurda de peso que é bem comum entre os acometidos com esse virulento. Não foi o meu caso.

Muita coisa aconteceu nessa uma semana, apesar do molho. Sinto que comecei a me afetar mais com o estar sozinho do que de costume – imagino que o gatilho tenha sido ficar doente. Cometi alguns vacilos em relação a decisões que precisava tomar e agora preciso respirar fundo para contornar a situação. É difícil a gente não se influenciar pelas circunstâncias, e é ainda mais difícil quando a gente não está fisicamente bem. Mas tudo sempre dá jeito.

Minha tristeza ficou na competição que eu me preparei para lutar. Eu estava animado por tudo que isso ia significar para mim, e a dengue veio para embolar toda a minha preparação. Tenho luta daqui uma semana e vou estar destruído por causa das sequelas. Começo de maio tem uma mais importante e eu vou estar longe da boa forma que queria construir até lá – com muita sorte eu volto semana que vem para a academia. Essas coisas atrapalham, mas são contornáveis quando eu sou irrigado com disposição. Não é o caso no momento, porém.
Talvez eu esteja pedindo demais – o corpo depois de tanto tempo com febre e combatendo um virus pede descanso, e eu preciso escutá-lo.
Meu projeto de lutador não é para esse ano, mas sim para o ano que vem, então se não vou estar na minha melhor forma, que ao menos esteja lá para competir e dar o meu melhor naquele momento, mesmo que limitado por algum fator físico.

Chegou ontem um presente lindo da Amanda – um casal de betas chamados Hope (Fêmea) e Blue Love ( macho). Ela me deu para eu não esquecer da minha essência…e também lembrar dela.
O propósito do presente veio em bom momento. Quando a gente está “frágil”, ficamos suscetíveis a sermos influenciados e o melhor remédio sempre vai ser a consciência de quem se é.
Vou cuidar do presente com muito carinho muito mais por lembrar da minha essência do que para lembrar dela: isso eu já faço antes mesmo desses betas existirem.

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