“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” – disse a raposa ao pequeno príncipe. Uma das frases mais usadas, mais clichê e mais conhecidas da literatura francesa no mundo. Não à toa é um dos livros mais traduzidos do mundo: É curto e denso.
Mas e tu ? És responsável com aquilo que cativas ?
Eu, antes de cativar, cultivo. Cultivar para mim é uma mistura de fé com compromisso. É acreditar que aquilo há de brotar e que depois de brotar, o cuidado redobra. Só depois que houverem raízes, haverá flor. Só é possível florescer quando se permite cativar.
Eu sou responsável por aquilo que cativo. Sou eternamente responsável, transparente, cuidadoso e honesto com aquilo que cativo. Se eu cativo é pq cultivo o que de mais lindo há dentro de mim e me permito entregar meu coração despido de medo, ilusões, confusões, maldade e ansiedade. Entrego paz, calma e paciência. Zelo pelo que sinto e faço sentir. Eu sou responsável porque sinto e faço sentir.
Sob qualquer circunstância honrarei aquilo que me cativou e cativei de forma verdadeira, direta e intensa. Assim tem que ser com tudo aquilo que cultivamos. Assim eu acredito e confio no que faço e deixo fazer.
“Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo…“
– trecho do livro O pequeno príncipe