Hoje faz quase uma semana sem acessar as redes sociais e apesar de sentir falta de alguns conteúdos e pessoas admito que minha vida melhorou. Não porque as redes sociais são um mal a ser combatido mas porque eu me escorava nelas para escapar de qualquer situação, gastando tempo e energia que poderiam ser gastas em coisas mais produtivas. Além disso, estou definindo como vai ser minha vida daqui para frente diante de tantos assuntos delicados. Preciso manter o foco, consegui isso nesses 6 dias que abri mão e percebo que meu nível de dependência beira o 0 agora. A sensação que tenho vai da libertação até a lucidez. Nunca estive tão desperto e consciente desde que sai da casa dos meus pais. Percebo que aproveito o tempo que passava escrolando (neologismo sim) feeds, agora passo refletindo, escrevendo, tocando violão e guitarra(!!!), estudando e fazendo o que vier na telha. Minha meta é terminar de ler 2 livros até o final do ano: 1984 (pela quinta vez) do George Orwell e 12 regras para a vida do psicólogo Jordan B. Peterson (que é um ponto de lucidez no meio desse monte de merda que vemos atualmente).

Mais uma vez: não eram as redes sociais os vilões da minha improdutividade e confusão, mas eu mesmo. Acordei. Quem bom.

Percebi que quero ter as pessoas fisicamente presentes, e não mais nesse mundo paralelo onde estamos em 10 chats ao mesmo tempo. Estar junto, rir, olhar no olho, dar um abraço, um beijo. Tudo tão básico e gostoso, mas tão difícil nos tempos de hoje – não que eu não dê risada de memes e besteirol na internet, mas prefiro ter alguém comigo para fazer isso.

Dei esse tempos das redes sociais também por causa do meu casamento – eu precisava entender se ele está na enfermaria ou na UTI – porque no Hospital eu sei que ele está. Percebi que temos diferenças irreparáveis, e que a cada dia elas se tornam mais agudas e doloridas. Está na mesa que a minha escolha vai ser o meu bem em primeiro lugar e por isso, temo pelo que o futuro reserva para essa resolução.

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