Depois do susto de ontem com a novidade, aproveitei que estava sozinho em casa para cuidar de mim: descansei, assisti aos jogos da copa, arrumei meu armário e joguei muito, mas muito video game. Tudo isso com os devidos intervalos para comer, tomar um café e aproveitar um pouquinho o sol com o Lino.
Tive finalmente uma conversa séria com minha esposa. Eu precisava demarcar os meus limites para que ela esteja ciente de até onde eu considero ajustes na nossa relação e até onde entendo que ela passou da linha. Eu tento ser o mais calmo e detalhista possível , mas admito que sempre fico frustrado com o fato de ela enxergar apenas os eventos pontualmente e não refletir sobre a conexão entre eles demonstrarem um traço na personalidade dela que é comum em todos esses eventos (e é onde eu gostaria que ela atuasse).
Enfim, as cartas foram colocadas na mesa de forma clara e viradas para cima sem blefe e sem mistério. Cabe a ela agora decidir se vai fazer o mesmo ou se vai escolher por continuar um jogo do qual não faço questão de jogar: o jogo do ego. Coloquei inclusive que essa é minha posição independente da gravidez. Essa questão naturalmente pesa muito, mas deixei claro que não vou escolher sofrer para manter um relacionamento falso. Eu acredito na instituição família, e fingir estar feliz não faz parte da minha crença. De qualquer forma, continuarei buscando a minha paz, e isso tranquiliza meu coração em relação ao meu futuro filho ou filha. Só em paz vou conseguir entregar todo o amor que tenho para dar.