Infelizmente não foi dessa vez que o Brasil foi Hexa. Admito que fiquei triste pois eu realmente estava curtindo a copa do mundo, mas perder faz parte da vida – e eu bem sei disso.
Hoje eu fiquei inquieto o dia todo: ter um dia cheio naturalmente contribuiu para isso, desde manhã arrumei diversos compromissos para me enfiar – do adestrador do Lino bem cedinho até levar minha mãe até o hospital para remover a bolsa de quimio – porém acredito que essa inquietude tem uma origem mais profunda e isso vem lá do coração. Nessas últimas semanas eu tenho vivido um mix de sentimentos muito intensos e grandes oscilações emocionais, e acho que tudo isso se deve as incertezas que tenho no coração das escolhas que fiz. Não acredito que somos escravos das nossas escolhas, mas certamente arcamos com as consequências delas 100% das vezes. Eu aceito isso, mas momentos que exigem tomadas de decisão costumam me esgotar mais do que o normal.
Para somar a esta maluquice que ando vivendo nessa sexta insana, descobri agora pouco que vou ser pai. A notícia que sonhei a vida inteira para receber não foi recebida como a melhor notícia do mundo pelo momento que meu matrimônio vive, mas também não foi recebida como uma notícia ruim. Encarei ela com certa apatia nesse primeiro momento e tenho muita coisa para digerir sobre isso. Talvez seja um sinal divino para eu insistir um pouco mais e tentar resolver as coisas, talvez seja um toque divino para eu não cometer o mesmo erro dos meus pais e viver uma vida infeliz. É tudo uma questão de decisões, consequências, e como lidamos com elas.
Uma pena que o Brasil não foi hexa. Uma pena que eu não estou explodindo de felicidade. Deus sabe o que faz.